sexta-feira, 22 de abril de 2011

Redentorista ameaça fechar as portas por dificuldade financeira



Por: João Paulo Medeiros


Criada em 1975, a Escola Técnica Redentorista (ETER) é um dos orgulhos de Campina Grande, cidade reconhecida como polo de Ciência e Tecnologia. Referência no país por promover a formação de milhares de jovens e contribuir com o desenvolvimento da Paraíba, a instituição, que tem 35 anos de história e mais de seis mil alunos formados, pode fechar as portas devido as dificuldades financeiras e falta de parcerias.
Segundo João Paulo Freire, chefe do Departamento de Convênios e Parcerias da ETER, para a manutenção da escola são necessários cerca de R$ 170 mil por mês, mas os recursos referentes a pagamentos de mensalidades e parcerias com instituições privadas só chegam a R$ 40 mil mensais. O restante, conforme João Paulo, é complementado através de uma parceria entre a entidade e o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza no Estado da Paraíba (Funcep), além de atividades realizadas pela instituição e a locação das dependências do educandário. “Na situação em que estamos não vai dar para continuar por muito tempo. Só a nossa folha de pagamento é de cerca de R$ 100 mil por mês”, observou.
Na ETER, atualmente, estão matriculados cerca de 800 estudantes, nos cursos técnicos de eletrônica, informática, técnica em equipamentos biomédicos, enfermagem, guia de turismo, telecomunicação, logística, segurança no trabalho e reabilitação de dependentes químicos. Do montante de alunos, 98% possuem bolsas parciais ou integrais, como forma de incentivo.
Quem já passou pela escola destaca a importância dela para a formação profissional. O empresário de Campina Grande Ruan Pinheiro, proprietário de uma empresa de segurança reconhecida em toda a Paraíba, começou a vida acadêmica cursando telecomunicação na escola, entre os anos de 1993 e 1995. “Sem dúvida alguma a escola tem uma importância fundamental para todos nós. Todo o meu aprendizado e aquilo que tenho hoje iniciou-se na escola, com a formação técnica. Depois que passei por lá prossegui para fazer estágios e iniciar minha vida profissional”, relembrou o empresário, que desenvolveu uma tecnologia que fez sucesso em todo o país, as tornozeleiras eletrônicas para presos de regime semiaberto.
Wagner Welesy, 23 anos, está há dois anos em Parauapebas, no Pará, e se emocionou ao saber do possível fechamento da instituição. “Logo que terminei meu curso fui contratado por essa empresa em Parauapebas, assim como eu, têm vários ex-estudantes da escola aqui, não consigo imaginar o fechamento do Redentorista, ela oportuniza jovens de classe baixa como eu a ser alguém na vida, hoje, por exemplo, já comprei casa para meus pais e tenho uma boa renda. Alguém tem de fazer algo”, apela.
A Escola Técnica Redentorista foi criada em 1975 pelo padre Edelzino de Araújo Pitiá. Desde o surgimento, a escola é administrada pela Igreja Católica e tem como lema “Educar é Libertar”. No dia 24 de novembro de 1998, o decreto n.° 89.057 do governo federal considerou a unidade como de utilidade pública, por promover a formação de milhares de jovens e contribuir com o desenvolvimento da Paraíba.

FONTE: Jornal da Paraíba

3 comentários:

  1. pois é a escola é maravilhosa, e não podem deixar que ela feche.
    Estudo enfermagem lá, e como foi citado acima é uma escola que oferece para jovens de classe baixa uma oportunidade de ser alguém na vida.
    Não só formando profissionais mas também pessoas de carater e respeito.

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  2. Conheço a escola.É uma pena que isso venha acontecer, pois formou e forma muita gente para o campo de traqbalho e de forma bem qualificada. Espero que as autoridades comperentes tomem as devidas providencias!!!

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  3. Estranha essa reportagem, pois o governador já havia anunciado a renovação do convênio com a escola.
    http://www.paraibaonline.com.br/noticia.php?id=798912&ano=

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