O seriado Macho Man _que estreou nesta sexta-feira, 8, na Globo_ não foi pensado para o espectador gay, claro. Mas é apenas ele, o espectador gay, que entende de fato as nuances do texto criado por Alexandre Machado e Fernanda Young. No seriado, tudo, absolutamente tudo é gay. Do salão de cabeleireiro à boate hétero, passando pelas piadas, roupas e objetos de cena. Um gay "exagerado" e caricatural, ainda que ele exista e a gente bem sabe disso. É um seriado camp, feito para hétero. Vai entender. O seriado acerta ao partir da premissa (sincera) de que ex-gay não existe. E se existisse em caso extremo como o na história, ele seria no máximo uma caricatura de um hétero original.
Jorge Fernando está bem, ainda que ter ficado anos longe das câmaras tantos anos enferrujou seu tempo de humor. Já Marisa Orth segura a onda, porque não cansa ninguém. A abertura da série é ótima. A trilha idem. Algumas piadas constragem e dá vontade de desligar a TV, em especial no momento da boate hétero, quando só Marisa consegue fazer o espectador segurar a vergonha alheia. Para decolar, contudo, Macho Men ainda precisa ficar mais ágil e tirar o tom melodramático do personagem principal, o chatonildo e frágil Nelson
Nenhum comentário:
Postar um comentário