O reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), professor Thompson Mariz, comentou no Rede Verdade da TV Arapuan a respeito da interiorização da universidade e a expansão dos campi e cursos.
De acordo com o reitor, a dicotomia: expansão versus qualidade de ensino foi discutido quando da apresentação do projeto de expansão da universidade. Ele afirmou que a UFCG é a favor da ampliação e assegurou que a universidade possui cursos que são referência nacional como o de informática.
O professor comentou que hoje são 76 cursos de graduação da UFCG e que a universidade já tem sete campi, e que em Cuité, Pombal e Sumé o número de cursos foram ampliados. Mariz informou que a expansão da universidade elevou de um doutorado para 12 e de sete mestrados para 25 e que chega a ter 700 professores.
“Fazer educação superior em um estado periférico já não é fácil, fazer isso no interior é mais difícil ainda”, comenta o reitor a respeito das dificuldades de instalar campi em cidades menores.
Contudo, o reitor comentou que criar um pólo e criar outros cursos de graduação fazem parte do projeto do MEC (Ministério da Educação) que está sendo chamado de Reuni 2. “As universidades brasileiras optaram por não reestruturar, mas expandir”, comenta. “Chegou a hora da reestruturação”, diz.
O professor destaca a possibilidade de criar pólos para não concentrar demais em determinado campus. O objetivo é instalar em cidades prósperas e adjacentes. O reitor exemplifica: “Patos… vamos criar três pólos. Um em Piancó, um em Teixeira e outro em Santa Luzia, fazemos ali um triangulo com Patos polarizando”, conta.
Em Pombal, o reitor citou as cidades de São Bento e Coremas. Em Sousa, Mariz destaca Iraúna, e em Cajazeiras, tem São João do Rio do Peixe, São José de Piranhas e Conceição. Para Campina Grande, o reitor citou Queimadas, Cuité, Barra de Santa Rosa, Sumé, Taperoá e Boqueirão.
De acordo com Mariz, que citou o estudo de um pesquisador paulista, cerca de 33% do ICMS de uma cidade que tem campus universitário é decorrente desse campus. “Quando se fala em cidades pequenas que vivem de transferências de recursos federais, como o bolsa família, do emprego em prefeitura, o mercado imobiliário e de lazer da cidade são aquecidos… há uma revolução”, assegura.
O reitor garantiu que a UFCG hoje é uma referência nacional pelos cursos que tem e pelos grupos de pesquisa. Ele garantiu que o índice de qualificação é altíssimo e alegou que cerca de 90% dos professores de Cuité, Pombal e Sumé têm titulação de doutor. “Durante toda existência da UFPB, que tem 55 anos, só tinha graduação em Areia e Campina Grande, com o advento da UFCG temos três mestrados e um doutorado em Patos, um mestrado em Pombal, estamos com proposta de criação de mestrado em Sumé, em Cuité, em Cajazeiras… está tendo uma ebulição na academia”, comenta.
Mariz afirma que a UFCG será uma das maiores e melhores universidades federais do país.
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